domingo, fevereiro 8

consciência

Como sempre, os testemunhos ficam aquém de tudo o que se vive e nao há palavras que possam ser fiéis à verdade do que vai dentro. Relê-los é aperceber-me dessa infinita incapacidade de poder expressar tudo o que sente um ser. Como muitos de vocês devem imaginar, esta viagem nao se trata da vontade imensa de ser turista e conhecer outros lugares, ainda que seja um cenário agradável e enriquecedor e permita a oferta de uma realidade em que somos apenas aquilo em que nos concentramos. Esta viagem trata-se mais do que nada de uma busca espiritual, da procura de um equilíbrio perdido na confusao do mundo que manifesta o desmoronamento constante e vísivel dos seus mecanismos, tal como o conhecemos. Trata-se de uma opçao de despertar, de nao querer permanecer inerte e adormecida perante a minha própria vida e o meu próprio tempo, perante o meu próprio ser e sua missao, que facilmente se vai deixando enredar nas teias da ilusao e da dormência. Sei que para a maioria de vocês esta mensagem também tem vindo a assomar as consciências. Como seres inteligentes que sao, nao sao alheios à mudança ultra-rápida do planeta e dos seus vícios enferrujados, nem o serao concerteza ao que de repente nao parece fazer sentido nas vossas vidas. Dizem os maias que este é o Ano de Transformaçao, o Ano da Tormenta Eléctrica Azul, e que por isso todos estaremos a passar por processos de mudança a uma velocidade que nem sempre entendemos ou podemos acompanhar. Eu finalmente, e já vou tarde, assumo que sim. Que acredito no sentido que me fazem, na missao que me incube o universo, que ao ouvir e entender, se compreende que mais lógico impossível. Sei que tenho um longo caminho de conexao adiante, mas que ele nao podia avançar sem primeiro dizer-me a mim própria - e aos que me chegarem a ler (alguns entenderao, outros nao, uns quantos sorrirao ao ver aonde ainda estou...) - que nao quero mais o meio termo, o estudar mas duvidar, o entender mas defender, e sim agora pretendo seguir com fé e confiança na procura das respostas que sei trazer dentro. E que espero, neste longo tempo de tormenta, me cheguem com muita luz. Esta é a minha escrita para mim mesmo, e que pelo caminho, vos deixo chegar para que...nao sei...de algum modo, me acompanhem.

Nste momento estou em Capilla del Monte, um lugar particularmente especial e onde todos parecem brilhar de dentro para fora. É também um lugar conhecido internacionalmente pela passagem frequente de ovnis (a sério) na montanha mais próxima, chamada Utitorco (e que é todinha de quartzo cristal). E o melhor é que todos os habitantes afirmam a sua veracidade como se fosse a coisa mais natural do mundo. Eu de extra-terrestre confesso que nao vi nada mais do que o habitual, mas sinto realmente que este é um lugar com muito poder. Por todo o lado, se sente que quem aqui vive é porque deseja estar conectado a uma forma de vida mais energética e natural - e nao é o que todos desejamos sinceramente? Talvez por isso me sinta feliz e tranquila aqui. Agora mesmo vou a um dos encontros que há na aldeia, de meditaçao em silêncio pela paz mundial. Acredito nessa força energética, de uns a compensarem outros pela vibraçao. E é bom quando chegamos a um lugar e todos parecem estar a falar a mesma lingua. Quando entendemos a noçao de "we are one", sentimos realmente que o caminho se constrói pela mao de todos e que de outra forma nao é possível. E que basta estar "ligado" para tudo à volta começar a responder em forma de nao-casualidades surpreendentes, quase mágicas. A vibrar, a sincronizar, a demonstrar-nos que basta estar atento. Aconselho. Uma paragem, uma respiraçao, um momento de silêncio e comunhao com a natureza. Pelo menos uma vez por dia. Porque esta uniao faz-se de muita força. E quantos mais, mais forte será. E isso, provavelmente, será a melhor esperança que podemos ter.

Perdoem aqueles a quem isto já parece antiquado, e aqueles a quem isto já parece demasiado "moderno". Sem julgamentos, com muito amor e com imenso respeito pelo ritmo e caminho de cada um,

um breve até já,
J.

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