sábado, setembro 12

a vida num abrir e fechar de malas

Eu sou como a mala
levo dentro a vida necessária
para chegar ao meu destino
e não faltar nada
Abro-me e fecho-me
consoante a partida
ou a despedida
Esvazio-me
e volto a encher-me
Desfaço-me e refaço-me na passagem
no eterno trânsito voluntário
de vida,
de viagem.

brinde apocaliptico

a caminho do fim do mundo

algo pulsa

maior que nós

uma transformação

que explode

a partir de dentro

e desagua nas veias

obrigando a mudar

de casca

pelo interior

sem saber como, para onde,
só porque sim,
por saber simplesmente
que é para ser assim
a metamorfose
deste tempo.