quinta-feira, março 12

um pouco mais sobre isso (e continuo sem dizer nada)

OH FAMILIA!

Mil perdões pela ausência de notícias, mas realmente estou imersa em tranquilidade e vida selvagem, assim que vir de encontro à comunicação exige demanda e uma caminhada de pelo menos 40 minutos, que por muitos dias a preguiça impede de procurar. Continuo na ilha do mel, plena e maravilhosa, onde todos os dias há algo novo para fazer e aprender, seja um voo de asa delta (já lá vou), um passeio de barco ou um serão de banhos de mar na lua cheia. Agora já estamos a começar as despedidas, tarefa que se faz incrivelmente difícil porque aqui fiz grandes amigos e sinto-me verdadeiramente bem. Custa sair dos lugares que nos acolhem, porque a vontade é ir ficando para sempre, adivinhando que novas coisas nos oferecerá o dia seguinte.
Pensar no regresso à estrada é preparar-nos para voltar à civilização, cheia de ruídos, impaciência e confusão e por incrível que isso vos pareça, para nós adivinha um choque. Porque aqui há tempo para parar, para ouvir, para respirar e simplesmente existir, sem precisar ou ansiar por mais nada, só deixando a vida natural ostentar o bem estar da sua naturalidade. Percebemos como faz sentido voltar a conectar com as raízes e o quão isso melhora a nossa saúde física, mental e espiritual. E isso causa um vício custoso de deixar.

Mas a viagem segue e há tanto para caminhar que resta guardar no coração o que se vive e continuar em frente, transbordada de recordações que vão enchendo o baú da vida com a certeza de que isto é o melhor que posso estar a fazer neste momento.

Nativa

Pelas trilhas desta ilha vou caminhando
Embriagada pelo encanto
De simplesmente ser

Abro portas do inconsciente
Conscientemente
Sinto na pele a magia de viver

Oiço o respiro da terra
Como no centro de mim
E sorrio por ser assim

Na paz descubro a música
De tudo à minha volta
E voo, livre, alta
e solta.

segunda-feira, março 9

KALI

Aproxima-se uma lua cheia poderosa...