Na madrugada tiro de fúsil
Ressoa no morro dos infernos
Crianças lutam pelo fútil
Crendo-se seres eternos
Na noite o grito dispara
O aviso de novo perigo
E todo o dia a morte encara
A invasão do inimigo
Nas casas a gente se entricheira
O medo instala o silêncio
O terror dura a vida inteira
A paz apenas um momento
Nas mortes já niguém chora
O peito é de ferro e gelo
Enquanto o amor implora
Num último suspiro, o apelo
Num futuro que ninguém sabe certo
Será que se acalmam as bocas
Será o rumo novo descoberto
Entre estas profundezas loucas
Onde a diferença entre existir e morrer
É sorte frágil como linha de coser
E a esperança fé de todo o ser
É apenas um novo amanhecer.
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