segunda-feira, janeiro 5

fim e começo


Passei o fim de ano no Rio de Janeiro, no lugar mais clássico de todos: a praia de Copacabana. Como já estava à espera, foi um pouco surreal. Após 29 anos a passá-lo no mesmo lugar, em casa, na ilha a que gosto de chamar "the rock", entre montes de familiares vestidos a rigor negro, a assistir a um dos espectáculos mais incríveis do mundo em cenário bem friozinho, encontrar-me no meio de 2 milhões de desconhecidos na praia, vestida de branco e chinelo, cheia de calor e - mais que tudo - sem programa de festas pós fogos - confesso que deixou a desejar. Mas não deixa sempre, essa data tão esperada, pela qual a maioria anseia cheia de planos para celebrar uma coisa que nem faz sentido que é a contagem do tempo? Acaba sempre por ser meio frouxo, ou alguém discorda? Maravilhoso foi na manhã seguinte, estar a sonhar que estava a preparar-me para saltar de bungee jumping com um grande amigo (aquele com quem normalmente termino sempre as noites de fim de ano) e o telefone tocar, acordar-me e ser ele do outro lado a perguntar que raio de fim de ano tinha sido esse que já estava na cama às 10 da manhã? Estar a sonhar com ele e ele ligar-me foi o sinal mais bonito de que o universo é mesmo mais complexo do que pensamos e de que a magia ainda existe para aqueles que nela quiserem acreditar e sentir. Além de ter sido um excelente começo de ano, logo seguido por uma mensagem personalizada da minha amiga Mariana, da Bulgária (conhecida há pouco mais de um mês, num festival de cinema em Kars, que fica na fronteira turca com a Arménia, a Georgia e o Irão) que lá de longe, me surpreendeu e fez esboçar um grande sorriso, ao lembrar-se de mim. O primeiro de Janeiro foi, portanto, bem mais promissor e estimulante que o último de Dezembro. E ainda bem. 2008 foi um ano intenso, cheio de emoções intensas tristes e marcantes que sabe bem deixar para trás. Venha 2009, cheio de novas, alegres e inesquecíveis aventuras. E amigos, com quem sempre poder contar.

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